Crítica: Vampire: The Masquerade - Bloodlines é um jogo de acção / RPG que corre no Source engine da conhecida Valve. O jogo é situado em Los Angeles, se bem que num universo fictício em que existem diversos clãs de vampiros, cada um com habilidades diferentes, em altos lugares de poder na sociedade, que formam uma aliança que previne que os seus membros cometa crimes ou de alguma forma denuncie a existência de vampiros na sociedade humana. Daí o título, The Masquerade; O jogador pode cometer no máximo 5 infracções do código de regras da sociedade vampírica, como por exemplo utilizar poderes sobrenaturais no meio da rua, ou matar inocentes sem motivo. Após a quinta infracção, o jogador recebe um game over.
Quando o jogo começa, o jogador tem opção de escolher uma de várias raças de vampiros; Desde um clã que está condenado a uma mente insana para todo o sempre, mas que recebe poderes sobre a mente dos outros em troca, a um clã em que os membros são severamente deformados e nunca poderão andar nas ruas sem quebrar a Masquerade, tendo de navegar pelos esgotos da cidade. O jogo em si também se altera drasticamente de acordo com o clã do personagem; Um personagem pode dialogar com alguns NPCs, e evitar ter de entrar em confronto físico, outro pode usar as sombras para se esconder e passar despercebido, ou ainda utilizar computadores para ganhar palavras passe ou informações que mudam o curso da missão em causa. Desta maneira, o jogo proporciona um grande valor no sentido em que se pode jogar várias vezes a mesma história, porém jogar sempre de maneira diferente.
O jogador dispõe de várias armas na sua luta, desde pés de cabra a katanas, a caçadeiras automáticas. O estilo RPG é inconfundível, pois o personagem é completamente moldado pelo jogador. Ao completar missões ou fazer certas acções, o jogador recebe XP que pode gastar em várias habilidades, como melhorar a sua performance com armas, ou o seu charme, vida, defesa, etc. O combate é feito na primeira/terceira pessoa, mas o sistema de dano é baseado no sistema Dungeons and Dragons; Rolamento de dados influenciados pelas habilidades do personagem.
Todas as personagens possuem voz (excepto o jogador), e desde já se diga que estão muito bem interpretadas. É de notar que a história está bastante engraçada, e praticamente não tem nenhum cliché.
O jogo é muito bom, mas é uma pena que tenha problemas de compatibilidade com novo hardware (3GB+ de ram causam problemas nas texturas), e alguns crashs sem razão aparente.